Ethale Talks
A instituição familiar tem um peso nas relações afectivas
nas culturas africanas porque a união entre o homem e a mulher não se limita
apenas no casal,
mas envolve as famílias das duas partes, tanto que antes do matrimónio as
famílias unem-se de modo a conhecer-se como forma de direcionar o destino dos
seus filhos.
A posição foi defenida por Gerson Machevom filósofo e
gestor de projectos num debate virtual sobre casamento e respeito pelo grupo estudos
de filosofia africana e relações de género
da Universidade Pedagógica de Maputo (UPM) em parceria com a Ethale
publishing, na sequência de debates denominada Ethale talks.
A conversa contou com a presença dos académicos Stélia
Muianga e Gerson Machevo como oradores e José Castiano na moderação estes,
falaram em torno do casamento num contexto africano, destacando as normas que
regem esta prática nesta sociedade.
Gerson Machevo explicou que o acto de negociação entre as
duas famílias é uma demonstração de valor e respeito entre os futuros cônjuges.
Entre a tradição e modernidade não se pode apenas evidenciar
os valores monetários, mas sim o papel do homem e da mulher no lar pois este
acto é importante na construção das sociedades o que torna o casamento um
compromisso social.
Gerson Machevo partilhou o painel com filósofa e docente
Stélia Muianga que referiu que o casamento tradicional africano, a exemplo do
lobolo, já venceu todo o tipo de estereótipos que o envolviam, o que faz com
que hoje já se pode registar mediante uma acta e presença das famílias
envolvidas.
A filósofa defendeu ainda a necessidade de não abandonar
o lobolo porque, pois tem valor social que deve ser compreendido e criticou o
facto de se cair na crítica reducionista que considera-o compra e venda da
mulher. muitas vezes apesar de associar-se à compra e venda da mulher. A
filósofa disse ainda que este deve haver respeito mútuo entre os casais, mesmo
que estes desempenhem papéis sociais fora das suas casas.
O debate pode visto neste link: https://www.facebook.com/EthaleLivros
Por- Marcela Matimbe.
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